FISIOTERAPIAUFMG2010/1

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Churrascão com Calouros

Seguindo a Tradição Iniciada pelos nossos queridos Veteranos, Ta ai: Um Grande Churrasco da nossa Turma com nossos Calourinhos - É isso ai... Rompendo com a atual situação das turmas Veteranas, A partir da 2009/2 começaremos um novo modelo de integração no Curso de Fisioterapia da UFMG, um modelo de amizade, respeito e total interação entre as turmas que nos vão suceder.


Trote nos Calouros

Conforme nossa promessa de Trote - Nossa Vingança foi Terrívelllll...


domingo, 19 de setembro de 2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O FISIOTERAPEUTA NA SAÚDE PÚBLICA: EM DEFESA DA VIDA!*

Quando acadêmico de Fisioterapia, até dezembro de 1993, na UFSM (RS), me perguntava da minha atuação como futuro profissional, em que área, em que lugar, com que clientela, quais as expectativas. Creio ser a preocupação da maciça maioria dos estudantes, de qualquer área. A Fisioterapia, por sinal, oferece muitas possibilidades e a dúvida persiste, muitas vezes, após a própria formatura. Saímos da Universidade para enfrentar um mercado extremamente competitivo, com a responsabilidade de sermos éticos, profissionais, inovadores, além do desafio imposto de termos sucesso, autonomia financeira. Há muitas alternativas, mas o que decide, em boa parte dos casos, é a oportunidade de trabalho concreta.
A Saúde Pública é uma das alternativas menos consideradas, via de regra. Aliás, cabe aqui diferenciar Saúde Pública de Saúde Coletiva, ao passo que neste texto entendemos a primeira como aquela organizada e ofertado pelo poder público, pela via direta ou contratada, e que portanto segue as diretrizes inscritas na Constituição Federal de 1988, que descreve o Sistema Único de Saúde (SUS). Na Saúde Pública podemos trabalhar tanto na atenção individualizada quanto em Saúde Coletiva, onde, neste caso, o trabalho é dirigido para grupos de usuários. Faço o parênteses pois pretendo defender eminentemente a necessidade do fisioterapeuta estar mais envolvido na Saúde Coletiva, ampliando seu leque de atuação.
Mas, me pergunto do por quê a Saúde Pública ser tão pouco simpática à Fisioterapia e, dentre as possíveis respostas creio ser isto reflexo ainda da certa submissão histórica de nossa profissão à Medicina. Digo isto, pois percebo que também na Medicina aqueles que trabalham na rede pública, muitas vezes, são considerados inferiores em qualidade técnica, comparado com o profissional que tem a sua clínica, com clientela formada, geralmente de característica sócio-econômica mais estável. Daí que, “se o fisioterapeuta não tem a sua clínica de sucesso, por dedução, ele não é tão competente”. Generalizo, e exagero, de propósito, buscando causar a reflexão. Mas, de qualquer forma, o quadro que se “pinta” é que trabalhar em Posto de Saúde é atender “pobre”, ou “carente”.
Este quadro vem mudando, com certeza, mas não com a velocidade que merecia. Por exemplo, em janeiro de 2000, fiz levantamento junto aos municípios em que atuo na atualidade, que somam 41, e destes em apenas 9 haviam sessões de fisioterapia contratadas. É isso mesmo: sessões de fisioterapia, não fisioterapeutas. Os contratos mantidos entre administrações municipais e profissionais não previam, de fato, que este fizesse parte de uma equipe, mas que apenas prestasse o serviço. Será uma alternativa correta, que contribui para o fortalecimento da área no serviço público? Hoje, refazendo este levantamento, o número de municípios que oferece sessões de fisioterapia na rede pública ultrapassa 50%, mas o profissional continua não fazendo parte do quadro técnico. Ainda não estamos nas equipes de saúde dos municípios. Por quê?
Quando trabalhamos sessões de fisioterapia na saúde pública, trabalhamos eminentemente na velha lógica da relação terapeuta-paciente, tão somente. Não há participação em estratégias continuadas de promoção e prevenção em saúde, que lidam com maior número de pessoas, e não aproveitamos a chance de espraiar o conhecimento acumulado pelo fisioterapeuta. Ficamos, mais uma vez, restritos à reabilitação, ao tratamento, à abordagem dirigida ao já doente. Exemplo disto é a quase ausência do profissional no Programa de Saúde da Família (PSF), que tem se constituído numa estratégia diferenciada de atenção a população.
Particularmente, minha própria inserção em saúde pública deu-se por força de assumir a Secretaria Municipal de Saúde do município de Teutônia (RS), cidade de 25 mil habitantes, a 100 quilômetros de Porto Alegre. Foi uma experiência que revolucionou minha vida, tirando-me da segurança de uma clínica e jogando-me num sistema de saúde, no papel de gestor. Por 21 meses permaneci na função, desenvolvendo ações relacionadas a organização do SUS local, mas também participando e propondo atividades de Saúde Coletiva, especialmente dirigidas para a implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde, para a prevenção ao uso de drogas, à orientação para a sexualidade na infância e adolescência, à orientação quanto ao trabalho do trabalhador rural, entre muitas outras. O espectro de possibilidades de trabalho é enorme e a dimensão da inserção do fisioterapeuta neste contexto é muito grande.
Ocorre que, na verdade, não nos damos conta do tamanho deste trabalho possível. Senão, vejamos: quando, na clínica, ou no hospital, trabalhamos individualmente com nosso paciente, estamos reabilitando ou ampliando as condições de vida deste paciente. Um trabalho importante e imprescindível. Mas, na Saúde Pública, e em espacial na Saúde Coletiva, cada ação bem sucedida representa maximizar resultados, o que se prova pela redução paulatina da mortalidade infantil, ou da inexistência de casos novos de poliomielite, ou mesmo da redução do número de paralisados cerebrais. Mesmo em gestão da saúde, se o sistema está bem organizado, com fluxos, referências e contra-referências bem delineadas, estamos salvando vidas, concretamente. E aí que está a mágica da Saúde Pública: dá para salvar muitas vidas, usando menos recursos e com ações simples, aplicáveis na realidade cotidiana da população, carente de informação. Não quero dizer que a Saúde Coletiva é mais importante que o atendimento individualizado dentro da clínica: ambos são importantes, mas se dão em contextos diferentes.
Desde janeiro de 1999 ocupo a coordenação da 16a Coordenadoria Regional de Saúde (16a CRS), que é a representação da Secretaria de Estado da Saúde, do RS, no Vale do Taquari, e respondo por um total de 41 municípios. É uma experiência diferente daquela no município, pois a nossa ação é com as equipes de saúde dos municípios, e não prestamos serviços diretos ao usuário. O trabalho diz respeito a formação dos recursos humanos que trabalham na “ponta”, fazem a atenção na rede básica e hospitais da região. Além disso, nos cabe organizar a rede de saúde, a atenção básica, a média e alta complexidade, a implantação do SUS, garantindo acesso, vínculo, humanização no atendimento. Isto tudo é muito complexo, se considerar-se que destes 41 municípios quase a metade são pequenas cidades, com menos de 3 mil habitantes e, na verdade, somente 10 cidades tem mais de 10 mil habitantes, e isto significa falta de estrutura, especialmente deficiência nos recursos humanos, para atender a população da região.
Na 16a CRS temos equipe de 50 profissionais, onde contamos com 5 médicos, 3 enfermeiras, 1 odontólogo, 3 administradores de empresas, 1 nutricionista, 2 assistentes sociais, 4 psicólogas, 2 farmacêuticos, 2 veterinários, entre outros de nível médio. Não há outro fisioterapeuta no quadro efetivo estável, em que pese eu ocupar cargo em comissão (CC).Vejam que listei vários profissionais da saúde e a Fisioterapia não tem estado presente no setor público, nem no estado, nem no município. Por que? Qual o motivo? Tenho dito, em alguns fóruns, que para o fisioterapeuta ter o seu espaço nesta equipe multi-profissional ele precisa conquistar este posto, precisa convencer o gestor público de que ele é necessário. Para atuar em Saúde Pública, precisa transpirar saúde pública, estar participando dos Conselhos de Saúde, interagindo com os serviços, com usuários e estar se apropriando da linguagem do SUS. Aliás, de nada adianta ignorar e boicotar o SUS, pois é o sistema vigente e que está se fortalecendo rapidamente. Se remunera mal, o que é verdade, é importante que tenhamos uma ação firme que indique o valor justo a ser pago e que reconheça o nosso trabalho.
Com efeito, a Fisioterapia tem uma trajetória extraordinária e um futuro promissor, desde que tenhamos a clareza de que precisamos conquistar espaços na sociedade moderna, tão desigual e excludente. Na Saúde Pública o fisioterapeuta tem espaço. Podemos e devemos fortalecer esta inserção. Aliás, mais do que qualquer coisa, nosso grande dever é lutarmos arduamente pela nossa profissão, qualificando a atenção à população, em defesa da vida!

*Glademir Schwingel
Crefito 5- 15.500-F
Fisioterapeuta (UFSM/RS, 1993)
Especialização em Atividade Física e Saúde (UNISC/RS, 2000)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

FISIOTERAPIA GERONTOLÓGICA


Por Cristina Ribeiro

A Gerontologia tem como uma de suas definições, ser a ciência que estuda o processo de envelhecimento, sendo um campo de conhecimento interdisciplinar que pretende estudar o idoso do ponto de vista científico, em todos os seus aspectos, físicos, biológicos, psíquicos e sociais, sendo responsável pelo atendimento global ao paciente.

De acordo com o IBGE, estima-se que em 2025 a população idosa atingirá um crescimento três vezes maior do que a população no geral. E diante deste cenário nos deparamos com o fato de que a população brasileira e as autoridades não estão preparadas para este aumento no número de idosos. Isto em relação aos serviços de saúde especializados, a acessibilidade nas ruas e a falta de profissionais qualificados para atender esta população que cresce a cada dia.

Considero a gerontologia por si só uma área interdisciplinar, pois mesmo que o paciente não consiga ser atendido por vários profissionais que interagem com o propósito de ajudá-lo, o profissional especialista em gerontologia possui visão global e abordagem do todo.

Dentre os profissionais que fazem parte da Gerontologia está o profissional fisioterapeuta, que pode atuar na área da prevenção e reabilitação, com o objetivo de auxiliar o paciente na realização das atividades diárias e independência funcional contribuindo assim na melhora da qualidade de vida.

Costumo definir a Fisioterapia Gerontológica como a área da fisioterapia especializada no atendimento da pessoa idosa, se utilizando de uma abordagem humanizada, integral e vendo o paciente como sujeito de uma história de vida e não apenas como um “objeto” portador de doenças próprias do envelhecimento.

Para exemplificar, cito um atendimento fisioterapêutico não especializado no idoso, no qual o profissional atenderia o paciente o abordando da seguinte forma: caso clínico-paciente idoso, de 68 anos com dor nos joelhos devido artrose. Neste caso o profissional estaria levando em conta apenas a patologia do paciente. Agora o mesmo caso clínico, se fosse visto com uma abordagem fisiogerontológica, seria da seguinte maneira: paciente idoso, de 68 anos, viúvo, mora sozinho, pai de 4 filhos, aposentado, que tem dor nos joelhos por causa da artrose, devido ao fato de ter trabalhado durante 30 anos como lavrador e hoje está restrito de suas atividades sociais devido a dor, pois não consegue mais caminhar a longas distâncias. Neste segundo caso o fisioterapeuta por ser especialista em gerontologia vai ter uma abordagem mais global do paciente, vai tratar dos joelhos do idoso, além de considerar todo o seu contexto social que é muito importante para o bom andamento da fisioterapia.

Todos estes questionamentos sobre a história de vida do paciente devem fazer parte da avaliação que o fisioterapeuta especialista em gerontologia precisa ter ao abordar o idoso, além, é claro de uma anamnese minuciosa, uma avaliação fisio-funcional, a verificação do acesso à rede de suporte social, ter atenção nas relações familiares, atividades de lazer entre outros fatores.

Este exemplo que acabei de citar nos faz refletir sobre a necessidade da qualificação profissional quando se trata do atendimento ao idoso, pois esta abordagem citada acima ainda não é comum dentre os profissionais que atendem a população idosa e este fato da escassez de profissionais qualificados, faz com que se tenha cada vez mais espaço para um novo campo do saber- a fisioterapia gerontológica- com o intuito de possibilitar respostas interdisciplinares às novas e variadas demandas surgidas com o atual fenômeno do envelhecimento populacional.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Da nossa Colega Iamí (repassando pra todos)


Hoje ouvi essa música, e, de certa forma, me tranqulizou um pouco, apesar do desepero que estamos, e, como vcs sao pessoas muitissimo especiais para mim, quero passar essa dose de tranquilidade e motivaçao,
pra nós arrasarmos com esse semestre maldito!!!!

KIANDA
[Sérgio Pererê]

A dor da queda é forte
a vontade de parar é muita
o medo de seguir é tanto
o sonho quase chega ao fim

a agua de beber é pouca
o delirio do cansaso é muito
a lagrima que cai é tanta
que pode até me afogar

mas a chama desse fogo é grande
a verdade desse sonho é muita
o caminho a seguir é tanto
o desejo de chegar é mais

por isso eu nao deixo de caminhar
eu nao deixo de procurar
por isso eu nao deixo de caminhar
por isso eu nao deixo de caminhar
eu nao deixo de procurar
por isso eu nao deixo de caminhar

eu sei que a correnteza é forte
mas a água que te molhe e santa
se a alma que navega é muita
a estrela iluminará....

adoro ocs!
Iamí

quinta-feira, 17 de junho de 2010

terça-feira, 1 de junho de 2010

CHUFISTO


Primeiro Chufisto de 2010 - Quem foi gostou muito e promete voltar.

Muito Goró, músicas variadas, gente bonita e muita zuação. Marcamos presença no Chufisto - 24 horas de Quebradeira Total...
É NUIIIII@ .. @

quinta-feira, 27 de maio de 2010

FISIOTERAPIA ESPORTIVA - OS SEGREDOS DA REABILITAÇÃO DE UM ATLETA

Os segredos da reabilitação de um atleta! O mundo do esporte atualmente vem se profissionalizando cada vez mais, e a fisioterapia esportiva segue este cenário evolutivo. Muitos se perguntam como um atleta que faz, por exemplo, uma artroscopia hoje, em 10 dias já está retornando. Bem, para quem é leigo isto realmente soa como um verdadeiro milagre, porém isto é o resultado de muito trabalho e dedicação de ambas as partes: profissional e paciente.
O atleta certamente é cercado de algumas vantagens que nós no dia-a-dia não possuímos. Ele dispõe de suporte fisioterapêutico em 3 turnos de tratamento diários (dependendo do caso até mais); os recursos do fisioterapeuta no esporte geralmente são amplos, ou seja, na maioria dos casos temos a nossa disposição salas de musculação - piscina - equipamentos eletroterápicos de última geração - análises laboratoriais fisiológicas e biomecânicas - caixa de areia - dentre outros. Sendo assim cabe ao profissional de fisioterapia planejar o processo de reabilitação o mais adequado possível, respeitando todas as fases de tratamento mas sempre ciente de que um esportista reúne características físicas diferenciadas. Deve fazer parte do processo de reabilitação aspectos motivacionais afim de encorajar o paciente a vencer suas limitações momentâneas, isto faz com que o mesmo esteja cada vez mais envolvido com o sucesso da recuperação. Respeito e dedicação aliados ao amplo conhecimento técnico são os segredos da fisioterapia esportiva para vencer os grandiosos desafios da profissão!
Dr. Maurício Soares
Especialista em lesões do esporte e Biomecânica UFRJ - Crefito 35645-F
Trabalho realizado na Alemanha em 2007 no clube Schalke 04
www.mauriciosoares.com

terça-feira, 25 de maio de 2010

Fisioterapia dermato-funcional, o que é isso?

O objetivo da técnica é agregar bem-estar físico e estético, com tratamentos feitos por profissionais gabaritados e especializados e, o principal, com base científica.
Além de ser útil na reabilitação de gestantes e pacientes em fase pós-operatória, a fisioterapia dermato-funcional pode trazer benefícios estéticos para mulheres no geral, combinando drenagem linfática e outros métodos.

“A diferença é que cada paciente é estudado e o método é individualizado. Tudo fica bem mais específico e de acordo com o paciente”, explica Ludmila Guaratini, que trabalha na Vita, associação especializada em saúde.

Segundo a profissional, esse serviço “é bem mais aprofundado, que os oferecidos por aí”. “Existe um cuidado enorme com o paciente. Ele tem de responder a diversas questões sobre hábitos alimentares, vícios. Tudo para que o resultado seja satisfatório”, concluiu.

De acordo com Ludmila, esse tipo de fisioterapia existe há 15 anos e tem conquistado cada vez mais mulheres: “A preocupação com a estética vem crescendo a cada ano. Todos querem se livrar de manchas, estrias e gordura localizada. Porém, um fato importante: não existe método milagroso. Esses procedimentos devem ser agregados com uma boa alimentação e exercícios”.

Fonte - MBPress

sábado, 22 de maio de 2010

Fisioterapia 24h na UTI diminui em 40% o tempo de internação

Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Fisioterapia do Instituto Central do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, mostrou que os atendimentos de fisioterapia reduzem em até 40% o tempo de permanência do paciente na UTI - Unidade de Terapia Intensiva, quando aplicados sem interrupções, ou seja, nas 24horas do dia.

O estudo avaliou 500 pacientes, num período de seis meses. Nos primeiros três meses, a abordagem do fisioterapeuta aconteceu num período de apenas 12 horas e a média de internação do paciente foi de 10 dias. Nos três meses seguintes, quando o atendimento foi durante as 24 horas, a média de permanência do paciente caiu para 6 dias apenas.


Nas UTIs do Paraná

Os hospitais públicos convivem com a falta de recursos humanos e verbas restritas, no Paraná ainda não se tem fisioterapia 24h nas UTIs, pelo menos não nos hospitais públicos ligados a universidades. No HC (Hospital das Clínicas), em Curitiba, vinculado à UFPR existe a fisioterapia em tempo integral, durante toda a semana, finais de semana e feriados, mas o atendimento é apenas durante o dia.

Regina Senff, fisioterapeuta do HC há 12 anos, afirma que para quem trabalha diretamente com pacientes graves percebe-se notadamente resultados positivos com a realização da fisioterapia duas vezes ao dia. “Imagino que se o serviço for realizado em período integral, nós e os pacientes só temos a ganhar”, ressalta Senff.

A função do fisioterapeuta na UTI tem como objetivo principal reduzir o tempo de permanência do paciente na unidade. No HC-UFPR, em Curitiba, existem várias UTIs, como a geral, pediátrica, neonatal, cardíaca, além dos CTSI (Centros de Terapia Semi-Intensiva) cada centro ou unidade possui uma equipe. Por exemplo, a UTI Geral possui 2 fisioterapeutas um em cada período (manhã e tarde) e conta também com estágios curriculares.

A realidade é de equipes enxutas, de acordo com o fisioterapeuta Rauce Marçal da Silva, chefe do serviço de fisioterapia do HC-UFPR, o número de fisioterapeutas é menor que a demanda de atendimentos, isso faz com que o mesmo profissional seja responsável por mais de um setor de atendimento. “Com esse quadro de pessoal reduzido fica difícil oferecer a fisioterapia por 24h, e a contratação só é feita via concurso público que é um processo demorado”, explica Rauce.

Em Cascavel o cenário é parecido, na UTI para adultos a equipe é composta por quatro fisioterapeutas plantonistas (plantão de 12h – tarde e noite). Há também três profissionais que estão cursando especialização na área, dois deles fazem atendimento durante o dia (manhã e tarde) na UTI adulto e o terceiro fica na UTI neonatal e pediatria no sistema de rodízio. “Conseguimos, dessa forma, cobrir em torno de 18 horas a UTI adulto”, ressalta Érica Fernanda Osaku, Coordenadora da especialização de Fisioterapia em Terapia Intensiva, no Hospital Universitário da Unioeste.

O Custo-benefício

O custo de uma diária na UTI está em torno de R$ 900,00, mas o SUS (Sistema Único de Saúde) paga R$ 341,94, números do HC-UFPR, de Curitiba. Para oferecer o atendimento de fisioterapia em tempo integral (24h por dia) seria preciso triplicar o número de fisioterapeutas das UTIs do HC. Mas esse aumento de pessoal, segundo Rauce, não elevaria os custos na mesma proporção. “Além de não aumentar muito os custos, a diminuição do tempo de permanência é um fator que fala muito a favor da fisioterapia 24h na UTI”, ressalta Rauce.

Como é a fisioterapia na UTI

Nas UTIs predomina a aplicação das técnicas da fisioterapia respiratória em pacientes entubados e no tratamento de patologias respiratórias. É um método preventivo, quando se têm situações de pacientes que temporariamente apresentam-se restritos ao leito, como também uma forma de tratamento das pneumopatias.

Os pacientes internados em terapia intensiva apresentam-se, na maioria das vezes, em situações críticas, inclusive com perda de consciência. O fisioterapeuta intervém nas doenças específicas da causa do internamento e da mesma forma na prevenção das complicações adquiridas nesse período. “A grande importância do trabalho do fisioterapeuta nas UTIs está em abreviar a alta hospitalar, evitando e ou diminuindo as seqüelas”, afirma Pedro Beraldo, presidente do Crefito-8 (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 8ª Região).

O fisioterapeuta que trabalha com o intensivismo vem somar com a equipe multidisciplinar. “A sua presença é importante, pois auxilia na manutenção das vias aéreas, na elaboração e execução dos protocolos de assistência ventilatória,” justifica Erica do HU-Unioeste.

São muitos os benefícios apresentados com a aplicação da fisioterapia como a eliminação das secreções brônquicas, melhora de volumes e capacidades pulmonares, melhora a postura evitando encurtamentos e deformidades, aumenta a resistência e a tolerância à fadiga, prevenindo o descondicionamento físico decorrente do imobilismo, contribui para a prevenção de trombose venosa profunda e embolia pulmonar. “Graças a essas técnicas as pessoas alcançam uma melhora na qualidade de vida”, ressalta Regina do HC-UFPR.

Fonte: Crefito-8

terça-feira, 18 de maio de 2010



NÃO SEM LUTAR...

Nossas guerreiras das quadras fizeram bonito hoje no ginásio da EEFTO. Com muita garra e coração na chuteira conseguiram jogar de igual pra igual com o forte time do Segundo tempo.
Perdemos é verdade, mas não sem lutar.
Mesmo com a derrota, essa foi a impressão dos torcedores que encheram o Ginásio para torcer por nossas meninas , que correram muito e conseguiram conter o forte ataque das adversárias, lideradas pela nossa colega artilheira Marina, que também nos honrou com uma bela atuação (muito embora tenha sido injustiçada pela treinadora, que a deixou grande parte do jogo no banco). Com um banco quase duas vezes mais numeroso que o nosso, a treinadora adversária teve que mexer várias vezes no esquema tático do time, obrigando nossas meninas a correr, cada uma, pelo menos duas vezes mais que cada jogadora do time adversário.
“ Hay que endurecer-se pero sin perder la ternura jamas!”
Ternura e garra, esse foi o tempero que nossas colegas de sala deram ao Manchestens. Não importa se perdemos e saímos do campeonato. Importa que lutamos a cada lance e saímos de cabeça erguida, com a promessa de um time que, no futuro, chegará cada vez mais longe.
É NUI !!!


Não ao Ato Médico



Algumas lideranças médicas tentam, há anos, restringir a autonomia dos profissionais da saúde. O projeto, que ficou conhecido como ATO MÉDICO (PL n. 7703/06 - clique aqui), acaba de ser aprovado na Comissão de Trabalho de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados Federais, dando aos médicos a exclusividade do diagnóstico e da prescrição dos tratamentos.

O projeto aprovado está melhor do que a versão original do Senado, na medida em que foram estabelecidos, também, alguns atos privativos de outras profissões da saúde. Esse projeto ainda será discutido em outras comissões antes de ser votado no Plenário da Câmara e retornar ao Senado.

Desde 2004, o Crefito-SP defende que a população tem o direito ao livre acesso aos profissionais da saúde, sem que tenham de passar necessariamente por uma consulta e prescrição médica. Ao dar aos médicos a prerrogativa exclusiva do diagnóstico nosológico (doenças) e da prescrição terapêutica (tratamento), o PL 7703/06 retrocede ao passado e acaba com a autonomia dos profissionais da saúde. Para atender seus pacientes e clientes, os profissionais da saúde precisariam esperar o encaminhamento de um médico com o diagnóstico da doença e a receita do atendimento que eles deveriam executar.

Em outras palavras, na forma como está, este projeto os transformaria em técnicos dos médicos. O ESTADO não pode admitir que um profissional da saúde socorra a vida, sem ao menos saber quais são os principais sinais e sintomas (diagnóstico da doença) que acometem a vida do paciente. Para preservar os interesses da vida, o ESTADO deve manter a autonomia dos profissionais da saúde, mas cobrar deles um atendimento de qualidade, punindo rigorosamente, civil e criminalmente, a má prática de seus atos privativos.

Como admitir que os médicos façam a prescrição terapêutica em áreas do conhecimento (i.e., Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Enfermagem, Nutrição, Educação Física, Serviço Social, Psicologia, Farmácia, Odontologia, Biomedicina) em que eles nunca tiveram qualquer tipo de treinamento? A maioria dos pacientes (75%) é portadora de doenças crônicas. As principais doenças possuem causas multifatoriais. Cada profissional da saúde é treinado para diagnosticar e tratar aspectos específicos dessas doenças. Assim, o correto seria o ESTADO promover a autonomia desses profissionais, colocando as habilidades e competências de cada um a serviço da vida saudável.

No entanto, o Ministério da Saúde tem apoiado o referido Projeto de Lei sob o argumento de que este é bom para o SUS. Acredito que o objetivo não declarado do Governo é usar os médicos para fazer uma triagem, dificultando e evitando a obrigação da oferta dos serviços dos profissionais da saúde à população. Afinal, a Constituição Federal e outras leis estabelecem que saúde é direito de todos e dever do ESTADO. É exatamente por causa desse direito que a Justiça tem obrigado o Governo Federal a gastar mais de meio bilhão de reais por ano ofertando serviços de saúde para o contribuinte. Essa conta tende a aumentar, à medida que a população descobre que se recorrer ao Ministério Público, pode obrigar o ESTADO a ofertar os serviços de saúde.

Vejamos a realidade da saúde no Brasil apresentada pelo próprio Ministério da Saúde. Em 2008, o Governo Federal realizou 1.034.992.116 consultas, a um custo de R$ 2,5 bilhões (R$ 2,4 reais em média cada). Essas consultas geraram 573.917.793 exames (R$ 6,3 reais em média cada). Foi uma média de 5,4 consultas por brasileiro, a um custo total ao Governo de 5,4 bilhões, apenas em medicamentos. Como explicar que apesar dessa enorme cobertura e de sermos uma população jovem, temos 50 milhões de portadores de doenças crônicas e ainda vivemos uma década a menos do que poderíamos? Os dados do Governo Federal demonstram como funciona e opera a indústria da doença no Brasil.

Na prevenção da doença, representada principalmente pelo Programa de Saúde da Família, o Governo emprega 30 mil equipes (médico, enfermeiro e agente comunitário) a um custo de R$ 2,3 bilhões, em 2008. Em tese, essas equipes atenderiam 90 milhões de habitantes. Por outro lado, o gasto do Governo Federal com o pagamento de atendimentos prestados pelos profissionais da saúde é ínfimo. Apenas para citar um exemplo, um fisioterapeuta e terapeuta ocupacional recebem menos de R$ 6 reais por um atendimento. Portanto, não é a oferta e a remuneração dos profissionais da saúde que oneram os gastos do Governo nessa área.

Por trás do movimento do Ato Médico também estão os principais planos de saúde, os quais possuem representantes no Congresso Nacional, instalados nas principais Comissões que decidem o futuro dos projetos de lei. Esses planos de saúde acreditam que a oferta dos serviços dos profissionais da saúde poderia aumentar seus custos. Mantêm os profissionais da saúde trabalhando em contratos leoninos, sem reajuste há mais de 15 anos. Porém, não percebem que eles também são vítimas dos crescentes custos da indústria do diagnóstico e farmacêutica.

Acredito que a maioria absoluta dos médicos não concorda com o movimento corporativista e míope de parte de suas lideranças que tentam subjugar os profissionais da saúde. Os médicos sempre fizeram diagnóstico médico e prescrição médica muito bem. Foi graças ao exercício talentoso dessas habilidades e competências que eles lograram o respeito e admiração de todos, inclusive dos demais profissionais da saúde.

Para fazermos a virada na saúde, precisamos da união de todos os profissionais da saúde com a população. Essa mudança passa pela eleição de presidente, governadores, senadores e deputados federais em 2010 comprometidos com os interesses da vida saudável da população. Com um Congresso forte e vigilante dos interesses da sociedade poderemos impedir que projetos de lei, como o PL 7703/06, que fazem mal à saúde da população e aos interesses dos profissionais da saúde se transformem em leis.

Com um poder Executivo sensível aos interesses da saúde dos brasileiros, poderemos implementar uma revolução na administração pública, colocando os impostos do contribuinte a serviço da vida.

Prof. Dr. Gil Lúcio Almeida
Presidente do Crefito-SP


sexta-feira, 30 de abril de 2010

domingo, 18 de abril de 2010

CHURRASCO DA FISIO COM VETERANOS



Churrascão teve bão

Muita música, comida boa, bebida e diversão...

Muito bom o churrascão na casa da Dani. Que a gente possa fazer muitas festas juntos na nossa caminhada e que, para além da Universidade, estejamos sempre unidos e zuando muito...
Pra quem não foi ficam as fotos e a esperança de Outros Churrascões como esse. Porque Universidade não é só estudar e estudar. É a chance de conhecer pessoas, fazer amigos, se divertir, aprender, socializar. Universidade é pra ser vivida na sua plenitude e estamos na melhor do Brasil.

terça-feira, 6 de abril de 2010

domingo, 4 de abril de 2010

ANJOS

sábado, 3 de abril de 2010


O Deficiente: Vítima da Ignorância e do Preconceito

por Terapia do Movimento




As pessoas vivem a rotina frenética, de casa para o trabalho, levando os filhos para escola e a todos os lugares, correndo atrás do tempo. Acham-se felizes, com o lazer obrigatório, sexo programado, consumo desproporcional do conforto tecnológico e “imprescindível” e, escravas da estética. Buscam sentir-se poderosas e potentes com suas vidas.
De repente, em ínfimos minutos, o inusitado ... o acidente.
As seqüelas podem ser dramáticas nas vidas destas pessoas, mas as acompanham dia a dia, um sofrimento não menos insignificante: a crueldade do preconceito em relação ao deficiente físico.
O preconceito às pessoas com deficiência configura-se como um mecanismo de negação social, uma vez que suas diferenças são ressaltadas como uma falta, carência ou impossibilidade. A deficiência inscreve no próprio corpo do indivíduo seu caráter particular. O corpo deficiente é insuficiente para uma sociedade que demanda dele o uso intensivo que leva ao desgaste físico, resultado do trabalho subserviente; ou para a construção de uma corporeidade que objetiva meramente o controle e a correção, em função de uma estética corporal hegemônica, com interesses econômicos, cuja matéria-prima/corpo é comparável a qualquer mercadoria que gera lucro.
As pessoas com deficiência causam estranheza num primeiro contato, que pode manter-se ao longo do tempo a depender do tipo de interação e dos componentes dessa relação. O preconceito emerge como um comportamento pessoal, porém não pode ser atribuído apenas ao indivíduo, posto que não se restringe a exercer uma função irracional da personalidade.

Por que de tanto Preconceito? Possíveis explicações:
O corpo marcado pela deficiência, por ser disforme ou fora dos padrões, lembra a imperfeição humana. Como nossa sociedade cultua o corpo útil e aparentemente saudável, aqueles que portam uma deficiência lembram a fragilidade que se quer negar. Não os aceitamos porque não queremos que eles sejam como nós, pois assim nos igualaríamos. É como se eles nos remetessem a uma situação de inferioridade. Tê-los em nosso convívio funcionaria como um espelho que nos lembra que também poderíamos ser como eles. Esse potencial, que é real, em vista das trágicas mudanças que nos podem ocorrer, é que nos faz frágeis, uma vez que queremos ser sempre completos e constantes.
O estigma, por ser uma marca, um rótulo, é o que mais evidencia, possibilitando a identificação. Quando passamos a reconhecer alguém pelo rótulo, o relacionamento passa a ser com este, não com o indivíduo. E, assim, idealizamos uma vida particular dos cegos, dos surdos, que explica todos os seus comportamentos de uma forma inflexível, por exemplo: ele age assim porque é cego.
Nesse processo de rotulação, o indivíduo estigmatizado incorpora determinadas representações, passa a identificar-se com uma tipificação que o nega como indivíduo. Essas pessoas passam a ser percebidas, a princípio, por essa diferença negativa, o que irá indicar fortemente como elas irão comportar-se.
A condição das pessoas com deficiência é um terreno fértil para o preconceito em razão de um distanciamento em relação aos padrões físicos e/ou intelectuais que se definem em função do que se considera ausência, falta ou impossibilidade. Fixa-se apenas num aspecto ou atributo da pessoa, tornando a diferença uma exceção. Vash (1988) descreve três tendências para explicar a desvalorização das pessoas com deficiência: a consideração do preconceito como algo biologicamente determinado, o questionamento psicossocial, segundo o qual no plano das relações sociais os diferentes são menos tolerados, e a tendência que a autora denomina político-econômica, em que ser deficiente resulta em mais custos para o sistema social, que envolvem desde a família até a sociedade mais ampla.
Amaral (1998, p. 16-17) descreve três versões do preconceito dirigido a essas pessoas: chama de “ generalização indevida” o juízo que transforma a condição de limitação específica de uma pessoa em totalidade, ou seja, ela torna-se deficiente por ter uma deficiência; “ correlação linear” é a disposição para elaborar relações do tipo “ se...então”, simplificando de forma demasiada o raciocínio, consolidando o preconceito pela economia do esforço intelectual. E o “ contágio osmótico” é o temor do contato e do convívio, numa espécie de recusa em ser visto como um deficiente. Inúmeras são as formas pelas quais o preconceito às pessoas com deficiência se constitui e é reforçado: pela educação escolar, pela mídia, nas relações familiares, pelo trabalho, pela literatura, entre outras.
Sabemos que os meios de comunicação, por si sós, não determinam modelos estéticos corporais; são, porém, um poderoso braço ideológico de divulgação e convencimento dos padrões selecionados e acionados pela indústria. A produção televisiva no Brasil, reconhecidamente intensa, e uma população vulnerável e receptiva aos seus produtos, devido ao baixo nível de escolaridade e rendimento, são componentes fundamentais para a legitimação de “ necessidades” e formas de satisfazê-las. A não-visibilidade das pessoas com deficiência no âmbito das relações sociais é o que determina sua ausência na mídia, posto que, na lógica da indústria cultural, não existem necessidades a elas relacionadas. Sendo assim, o silêncio sobre elas é anterior e exterior aos veículos de comunicação, e suas poucas aparições ficam restritas às campanhas publicitárias para arrecadação de recursos para as instituições filantrópicas que veiculam mensagens que as representam como vítimas ou como heróis.

Preconceito na História
Atuações preconceituosas e cruéis em relação às pessoas portadoras de deficiência física perpassam pela história. No Egito Antigo, consideravam que a deficiência era provocada por “maus espíritos”, sendo que a nobreza, os faraós, os sacerdotes e os guerreiros tinham acesso a tratamentos, enquanto os pobres sucumbiam nas mãos de charlatães, serviam como atrações em circos ou eram usados pelos sacerdotes para estudos e treinamentos de cirurgias.
Na civilização hebraica a discriminação era manifesta nas leis, Moises escreve em “Levítico” que o homem com deformidade corporal não pode fazer oferenda a Deus, e nem se aproximar de seu ministério. A deficiência era vista pelos antigos hebreus, como indicadora de impureza, remissão de pecados antigos, interferência de maus espíritos e das forças más da natureza, logo os deficientes tinham que esmolar para sobreviver, ficando expostos nas ruas e praças, e eram apenas tolerados pela sociedade.
A civilização romana também preconizava a perfeição e estética corporal, a deficiência era tida como “monstruosidade” fato que legitimava a condenação à morte dos bebês mal formados. Entretanto a exclusão dos deficientes continuou no discorrer da história. No Império Bizantino, a Igreja Católica em conjunto com o Estado, levava-os para mosteiros. A própria Igreja incumbia-se de realizar mutilações como punições por crimes cometidos. Na Idade Média, a deficiência era vista como atuação de maus espíritos e do demônio, sob o comando das bruxas, e também resultado da ira celeste e castigo de Deus, havia a segregação e os deficientes eram ridicularizados.

Nos dias de hoje, pleno século XXI, qual a realidade que se impõe?
No Brasil, temos uma verdadeira fábrica de crianças com Paralisia Cerebral quer seja pelas más condições de saúde e pré-natal das parturientes, quer seja por negligência médica. Em função da violência, deparamo-nos com um número cada vez maior de jovens atingidos por armas de fogo, acidentes automobilísticos e outras conseqüências do uso indiscriminado de drogas. Adultos idosos ou não acometidos de doenças neurológicas, muitas degenerativas. O preconceito está em nós! Todos somos algozes e vítimas dele, aprisionados na violência das idéias pré-concebidas e conceitos impostos sem reflexão.

Mas quando não era e passa a ser?
A pessoa que se pensava poderosa e depara-se com a instalação da deficiência em sua vida adulta, passa a ser objeto de discriminação não só dos outros mas de si mesma. Sofre pelos preconceitos que imputava ao ver um deficiente.

Armadilhas do destino?
Creio que não. A crueldade venha de quem for não deve ser perdoada. A pessoa que carrega consigo tamanha frieza em relação ao outro, sucumbiu à miséria da própria vida, constituiu-se em relação a um mundo social já construído que tem predominância sobre ele, ou referindo novamente, a super valorização da estética, o fetiche da mercadoria e a força do poder. Fechou as portas para a capacidade de amar, de solidariedade e de reflexão, e o sentimento de potência é substituído pelo de vergonha. Enfim, a barbárie do preconceito contra todos e de todos pode findar, quando for extirpada a crueldade contra os homens e descortinada a escuridão que encobre o esclarecimento, para que a VIDA de fato tenha valor.

Terminologia “Politicamente Correta”:
Aleijado; defeituoso; incapacitado; inválido:
Estes termos eram utilizados com freqüência até a década de 80. A partir de 1981, por influência do Ano Internacional das Pessoas Deficientes, começa-se a escrever e falar pela primeira vez a expressão pessoa deficiente. O acréscimo da palavra pessoa, passando o vocábulo deficiente para a função de adjetivo, foi uma grande novidade na época. No início, houve reações de surpresa e espanto diante da palavra pessoa: “Puxa, os deficientes são pessoas!?” Aos poucos, entrou em uso a expressão pessoa portadora de deficiência, freqüentemente reduzida para portadores de deficiência. Por volta da metade da década de 90, entrou em uso a expressão pessoas com deficiência, que permanece até os dias de hoje.

Cadeira de rodas elétrica:
Trata-se de uma cadeira de rodas equipada com um motor. TERMO CORRETO: cadeira de rodas motorizada.

Ceguinho:
O diminutivo ceguinho denota que o cego não é tido como uma pessoa completa. TERMOS CORRETOS: cego; pessoa cega; pessoa com deficiência visual.

Criança excepcional:
TERMOS CORRETOS: criança com deficiência intelectual, criança com deficiência mental. Excepcionais foi o termo utilizado nas décadas de 50, 60 e 70 para designar pessoas com deficiência intelectual. Com o surgimento de estudos e práticas educacionais nas décadas de 80 e 90 a respeito de altas habilidades ou talentos extraordinários, o termo excepcionais passou a referir-se tanto a pessoas com inteligências múltiplas acima da média [pessoas superdotadas ou com altas habilidades e gênios] quanto a pessoas com inteligência lógico-matemática abaixo da média [pessoas com deficiência intelectual] ¾ daí surgindo, respectivamente, os termos excepcionais positivos e excepcionais negativos, de raríssimo uso.

Defeituoso físico:
Defeituoso, aleijado e inválido são palavras muito antigas e eram utilizadas com freqüência até o final da década de 70. O termo deficiente, quando usado como substantivo (por ex., o deficiente físico), está caindo em desuso. TERMO CORRETO: pessoa com deficiência física.

Deficiência mental leve, moderada, severa, profunda:
TERMO CORRETO: deficiência intelectual (sem especificar nível de comprometimento). A partir da Declaração de Montreal sobre Deficiência Intelectual, aprovada em 6/10/04 pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 2004), em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o termo “deficiência mental” passou a ser “deficiência intelectual”. Antes, em 1992, a Associação Americana de Deficiência Mental adotou uma nova conceituação da deficiência intelectual (até então denominada “deficiência mental”), considerando-a não mais como um traço absoluto da pessoa que a tem e sim como um atributo que interage com o seu meio ambiente físico e humano, o qual deve adaptar-se às necessidades especiais dessa pessoa, provendo- lhe o apoio intermitente, limitado, extensivo ou permanente de que ela necessita para funcionar em 10 áreas de habilidades adaptativas: comunicação, autocuidado, habilidades sociais, vida familiar, uso comunitário, autonomia, saúde e segurança, funcionalidade acadêmica, lazer e trabalho. A classificação em leve, moderada, severa e profunda foi instituída pela OMS em 1968 e perdurou até 2004.

Deficiente mental: (quando se referir a uma pessoa com transtorno mental). TERMOS CORRETOS: pessoa com transtorno mental, paciente psiquiátrico. Consultar “lei sobre os direitos das pessoas com transtorno mental.

Doente mental: (quando se referir a uma pessoa com deficiência intelectual)
TERMO CORRETO: pessoa com deficiência intelectual (esta deficiência ainda é conhecida como deficiência mental). O termo deficiente, usado como substantivo (por ex.: o deficiente intelectual), tende a desaparecer, exceto em títulos de matérias jornalísticas por motivo de economia de espaço.

Inválido: (quando se referir a uma pessoa que tenha uma deficiência)
A palavra inválido significa sem valor. Assim eram consideradas as pessoas com deficiência desde a Antiguidade até o final da Segunda Guerra Mundial. TERMO CORRETO: pessoa com deficiência.

Mongolóide; mongol:
TERMOS CORRETOS: pessoa com síndrome de Down, criança com Down, uma criança Down. As palavras mongol e mongolóide refletem o preconceito racial da comunidade científica do século 19. Em 1959, os franceses descobriram que a síndrome de Down era um acidente genético. O termo Down vem de John Langdon Down, nome do médico inglês que identificou a síndrome em 1866. “A síndrome de Down é uma das anomalias cromossômicas mais freqüentes encontradas e, apesar disso, continua envolvida em idéias errôneas... Um dos momentos mais importantes no processo de adaptação da família que tem uma criança com síndrome de Down é aquele em que o diagnóstico é comunicado aos pais, pois esse momento pode ter grande influência em sua reação posterior.” (MUSTACCHI, 2000).

Mudinho:
Quando se refere ao surdo, a palavra mudo não corresponde à realidade dessa pessoa. O diminutivo mudinho denota que o surdo não é tido como uma pessoa completa. TERMOS CORRETOS: surdo; pessoa surda; pessoa com deficiência auditiva. Há casos de pessoas que ouvem (portanto, não são surdas) mas têm um distúrbio da fala (ou deficiência da fala) e, em decorrência disso, não falam.

O Epilético :(ou a pessoa epilética)
TERMOS CORRETOS: a pessoa com epilepsia, a pessoa que tem epilepsia. Evite “o epilético”, “a pessoa epilética” e suas flexões em gênero e número.

O incapacitado: (ou a pessoa incapacitada)
TERMO CORRETO: a pessoa com deficiência. A palavra incapacitado é muito antiga e era utilizada com freqüência até a década de 80. Evite “o incapacitado”, “a pessoa incapacitada” e suas flexões em gênero e número.

O paralisado cerebral: (ou a pessoa paralisada cerebral)
TERMO CORRETO: a pessoa com paralisia cerebral. Evite “o paralisado cerebral”, “a pessoa paralisada cerebral” e suas flexões em gênero e número.

Pessoa normal:
TERMO CORRETO: pessoa sem deficiência; pessoa não-deficiente. A normalidade, em relação a pessoas, é um conceito questionável e ultrapassado.

Pessoa presa [confinada, condenada ] a uma cadeira de rodas:
TERMOS CORRETOS: pessoa em cadeira de rodas; pessoa que anda em cadeira de rodas; pessoa que usa cadeira de rodas. Os termos presa, confinada e condenada provocam sentimentos de piedade. No contexto coloquial, é correto o uso dos termos cadeirante e chumbado.

Pessoas ditas deficientes:
TERMO CORRETO: pessoas com deficiência. A palavra ditas, neste caso, funciona como eufemismo para negar ou suavizar a deficiência, o que é preconceituoso.

Pessoas ditas normais:
TERMOS CORRETOS: pessoas sem deficiência; pessoas não-deficientes. Neste caso, o termo ditas é utilizado para contestar a normalidade das pessoas, o que se torna redundante nos dias de hoje.

Portador de deficiência:
TERMO CORRETO: pessoa com deficiência. No Brasil, tornou-se bastante popular, acentuadamente entre 1986 e 1996, o uso do termo portador de deficiência (e suas flexões no feminino e no plural). Pessoas com deficiência vêm ponderando que elas não portam deficiência; que a deficiência que elas têm não é como coisas que às vezes portamos e às vezes não portamos (por exemplo, um documento de identidade, um guarda-chuva). O termo preferido passou a ser pessoa com deficiência. Aprovados após debate mundial, os termos “pessoa com deficiência” e “pessoas com deficiência” são utilizados no texto da Convenção Internacional de Proteção e Promoção dos Direitos e da Dignidade das Pessoas com Deficiência, em fase final de elaboração pelo Comitê Especial da ONU.

Retardo mental, retardamento mental:
TERMOS CORRETOS: deficiência intelectual. São pejorativos os termos retardado mental, mongolóide, mongol, pessoa com retardo mental, portador de retardamento mental, portador de mongolismo etc. Tornaram-se obsoletos, desde 1968, os termos: deficiência mental dependente (ou custodial), deficiência mental treinável (ou adestrável), deficiência mental educável.

Surdinho:
TERMOS CORRETOS: surdo; pessoa surda; pessoa com deficiência auditiva. O diminutivo surdinho denota que o surdo não é tido como uma pessoa completa. Os próprios cegos gostam de ser chamados cegos e os surdos de surdos, embora eles não descartem os termos pessoas cegas e pessoas surdas.

Surdo-mudo:
GRAFIAS CORRETAS: surdo; pessoa surda; pessoa com deficiência auditiva. Quando se refere ao surdo, a palavra mudo não corresponde à realidade dessa pessoa.

REFERÊNCIAS
SASSAKI, R.K. Terminologia sobre Deficiência na Era da Inclusão. Programa Senai de Ações Inclusivas.
SCHEWINSKY, S. R. A barbárie do preconceito contra o deficiente – todos somos vítimas. ACTA FISIÁTR. 2004; 11(1): 7-11
SILVA, L.M. O estranhamento causado pela deficiência: preconceito e experiência. Revista Brasileira de Educação v. 11 n. 33 set./dez. 2006.

quarta-feira, 10 de março de 2010


Diagnóstico Cinesiológico Funcional x Diagnóstico Clínico

por Terapia do Movimento

"Eu posso todas as coisas, porém nem todas as coisas são proveitosas." Apóstolo Paulo

Existe uma diferença entre o diagnóstico médico e o diagnóstico fisioterapêutico. Não no processo em si – é o mesmo em ambos os casos – mas nos fenômenos que estão sendo observados e classificados. O fisioterapeuta não identifica a doença no sentido da patologia básica, mas grupos de sinais e sintomas relacionados a comportamentos motores e limitações funcionais físicas do paciente. Desta forma, o diagnóstico médico encaminhado ao fisioterapeuta não fornece esclarecimentos suficientes para fundamentar o processo de tratamento. A essência da fisioterapia é a restauração da função do movimento e da postura e a natureza dos fenômenos envolvidos na disfunção do movimento e da postura é que constitui o foco da intervenção do fisioterapeuta e o esquema de classificação diagnóstica. Enquanto o médico trata de uma questão patológica básica fundamental e primária, o diagnóstico do fisioterapeuta está ligado a função.


A Resolução COFFITO 80 define as competências e atribuições do Fisioterapeuta:
Por Dr. Fernando A M Prati

“Art. 1º. É competência do FISIOTERAPEUTA, elaborar o diagnóstico fisioterapêutico compreendido como avaliação físico-funcional, sendo esta, um processo pelo qual, através de metodologias e técnicas fisioterapêuticas, são analisados e estudados os desvios físico-funcionais intercorrentes, na sua estrutura e no seu funcionamento, com a finalidade de detectar e parametrar as alterações apresentadas, considerados os desvios dos graus de normalidade para os de anormalidade; prescrever, baseado no constatado na avaliação físico-funcional as técnicas próprias da Fisioterapia, qualificando-as e quantificando-as; dar ordenação ao processo terapêutico baseando-se nas técnicas fisioterapêuticas indicadas; induzir o processo terapêutico no paciente; dar altas nos serviços de Fisioterapia, utilizando o critério de reavaliações sucessivas que demonstrem não haver alterações que indiquem necessidade de continuidade destas práticas terapêuticas.

Art. 2º. O FISIOTERAPEUTA deve reavaliar sistematicamente o paciente, para fins de reajuste ou alterações das condutas terapêuticas próprias empregadas, adequando-as à dinâmica da metodologia adotada.

Art. 3º. - O FISIOTERAPEUTA é profissional competente para buscar todas as informações que julgar necessárias no acompanhamento evolutivo do tratamento do paciente sob sua responsabilidade, recorrendo a outros profissionais da Equipe de Saúde, através de solicitação de laudos técnicos especializados, como resultados dos exames complementares, a eles inerentes.”

Também se manifestou o Eminente Ministro (aposentado) do Supremo Tribunal Federal, Professor Catedrático (titular) da UFMG e da UFRJ (Emérito) , Professor Titular da UERJ . Ministro Oscar Dias Corrêa:

“São os Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais profissionais capacitados de nível superior, que exercem, legitimamente, sem vinculação outra que não os deveres morais, a capacitação adquirida, o que tudo obedece às normas gerais e às que dita o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

No exercício de sua atividade profissional, como legalmente previsto, nos arts. 3º e 4º do Dec. – Lei 938/69, não devem a qualquer outro profissional vinculação e, menos ainda, submissão: porque para exercê-la, autonomamente, se preparam e formaram.

Pelo contrário: em geral, os outros, quando se trata da utilização dos métodos indicados, devem convocá-los, pela especialização que tem e que, por autorização legal, exercem privativamente. Nem as atividades que desenvolvem dependem de prévia indicação: são procurados, nos consultórios, diretamente pelos clientes que, já conhecendo os males, ou dependendo da especialidade, pretendem valer-se dos seus conhecimentos científicos para o tratamento. Assim, exemplificando, em face da Consulta, nos seus consultórios não estão subordinados a qualquer profissional, mesmo quando se lhes pede atenção específica e determinada, na área em que atuam, objetivando finalidade certa, em face da interdisciplinaridade das áreas ligadas à saúde humana.

Da mesma forma, atendendo a essa interdisciplinaridade, que envolve o complexo ser humano, inúmera outras especialidades, mesmo na área da saúde, desenvolvem procedimentos profissionais, nos quais são especialistas, sem importar vinculação e, menos ainda, submissão a outro profissional.”

Contra esses textos legais não prevalecem interpretações outras, onde quer nasçam, e não foram eles alcançados, nem mesmo examinados pelo Supremo Tribunal Federal, não havendo como pretender invalidá – los sob o argumento de que a Corte o teria determinado, o que, em absoluto, não corresponde ao conteúdo de sua decisão.”


2- Pode o profissional Fisioterapeuta atestar por escrito o diagnóstico clínico do paciente?

R: Não. O diagnóstico clínico compete a outro profissional que não o Fisioterapeuta. Este quando da emissão de laudos, atestados e/ou declarações assim o faz com base nas disfunções dos órgãos e sistemas do corpo humano.

3- Legalmente o fisioterapeuta prescreve o tratamento fisioterapêutico baseado em um diagnóstico médico. Isto é correto ?

R: O tratamento fisioterapêutico é baseado no diagnóstico cinesiológico funcional feito pelo próprio fisioterapeuta. Este pode buscar em outros diagnósticos, quando julgar necessário a complementação para o melhor encaminhamento fisioterapêutico. Porém há de se ficar bem claro que em momento algum existe situação de dependência para as ações fisioterapêuticas.

4- Quais as implicações legais ao Fisioterapeuta quando do atendimento realizado a pacientes sem diagnóstico médico adequado e comprovado ?

R: Quando o diagnóstico médico não está adequado passa a ser uma responsabilidade do médico. O Fisioterapeuta tendo o conhecimento deve garantir a saúde do cliente. Para o caso de procedimentos sem o diagnóstico médico não há nenhuma implicação pois como já anteriormente mencionado não existe dependência da ação fisioterapêutico de qualquer profissional, muito menos do médico. Há de se Ter o entendimento que o que deve existir é a cooperação multidisciplinar para que a qualidade assistencial seja a melhor possível. É equivocado aquele que pensa que na saúde existe uma hierarquia. Não existe, pois o médico entende de medicina, o Fisioterapeuta de fisioterapia e o psicólogo de psicologia . Da mesma forma que o cliente para consultar um cirurgião dentista ele faz diretamente. A verdade também se aplica ao Fisioterapeuta.

O Fisioterapeuta, na sua competência deve Ter o comprometimento social e apresentar para a sociedade seu instrumental assistencial. Portanto deve:
· Se inserir profissionalmente nos diversos níveis de atenção à saúde, atuando em programas de promoção, manutenção, prevenção, proteção e recuperação da saúde, sensibilizados e comprometidos com o ser humano, respeitando-o e valorizando-o;

· Atuar multiprofissionalmente, interdisciplinarmente e transdisciplinarmente com extrema produtividade na promoção da saúde baseado na convicção científica, de cidadania e de ética;

· Contribuir para a manutenção da saúde, bem estar e qualidade de vida das pessoas, famílias e comunidade, considerando suas circunstâncias éticas-deontológicas, políticas, sociais, econômicas, ambientais e biológicas;

· Realizar consultas, avaliações e reavaliações do paciente colhendo dados, solicitando, executando e interpretando exames propedêuticos e complementares que permitam elaborar um diagnóstico cinetico- funcional, para eleger e quantificar as metodologias recursos e condutas fisioterapêuticas apropriadas, objetivando tratar as disfunções no campo da Fisioterapia, em toda sua extensão e complexidade, estabelecendo prognóstico, reavaliando condutas e decidindo pela alta fisioterapêutica;

· Elaborar criticamente o amplo espectro de questões clínicas, científicas, filosóficas, éticas, políticas, sociais e culturais implicadas na atuação profissional do fisioterapeuta, sendo capaz de intervir nas diversas áreas onde sua atuação profissional seja necessária;

· Desenvolver o senso crítico, investigador e conquistar autonomia pessoal e intelectual necessária para empreender contínua formação na sua práxis profissional;

· Desenvolver e executar projetos de pesquisa e extensão que contribuam na produção do conhecimento, socializando o saber científico produzido;

· Exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social, entendendo-a como uma forma de participação e contribuição social;

· Desempenhar atividades de planejamento, organização e gestão de serviços de saúde públicos ou privados, além de assessorar, prestar consultorias e auditorias no âmbito de sua competência profissional;

· Emitir laudos, pareceres, atestados e relatórios;

· Prestar esclarecimentos, dirimir dúvidas e orientar o indivíduo e os seus familiares na seqüência do processo terapêutico;

· Manter a confidencialidade das informações, na interação com outros profissionais de saúde e o público em geral;

· Encaminhar o paciente, quando necessário, a outros profissionais relacionando e estabelecendo um nível de cooperação com os demais membros da equipe de saúde;

· Desenvolver atividades de socialização do saber técnico - científico na sua área de atuação, através de aulas, palestras e conferências, além de acompanhar e incorporar inovações tecnológicas pertinentes à sua práxis profissional;

· Manter controle sobre a eficácia dos recursos tecnológicos pertinentes à atuação fisioterapêutica garantindo sua qualidade e segurança;

· Intervir para resolução de condições de emergência.

( relatório das Diretrizes Curriculares para os cursos de Fisioterapia – MEC/SESu)


Referência
Diagnóstico Funcional: Diagnóstico do Fisioterapêuta. Acessado: 01/03/2010. Disponivel em: http://www.sogab.com.br/diagnosticofuncional.htm

RESOLUÇÃO COFFITO-80. Acessado: 01/03/2010. Disponível em: http://coffito.org.br/publicacoes/pub_view.asp?cod=1007&psecao=9

Leitura Recomendada
Diagnóstico Fisioterapêutico: fatos e evidências em busca da eficiência. Acessado em: 01/03/2010. Disponível em: http://www.fisionet.com.br/materias/interna.asp?cod=40

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Dr: Ser ou não ser?


por Terapia do Movimento


O termo doutor é um título ou forma de tratamento cuja utilização desperta dúvidas tanto nos meios sociais como acadêmicos. A origem do termo encontra-se na palavra latina doctor, que significa mestre ou professor, pertencente à família do verbo docere, cuja tradução é ensinar. Um doutor, considerando-se do ponto de vista estritamente etimológico da palavra, é aquele que ensina. Segundo os nossos atuais dicionários Aurélio, Houaiss e Michaelis, doutor, em suma, significa: aquele que cursou o doutorado; uma pessoa considerada muito culta, importante; todo o indivíduo formado em curso superior.
Aquele que cursou o grau acadêmico de doutorado é considerado doutor no sentido etimológico da palavra, ou seja, de um professor dedicado ao ensino.
Segundo o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO) o profissional da Fisioterapia deve usar e apresentar-se como Doutor com respaldo legal para tal, não considerando o mérito próprio que deve existir sempre, mas a importância e a dignidade da Fisioterapia.Alguns fisioterapeutas brasileiros usam a abreviação Ft. (Fisioterapeuta) transcrita dos fisioterapeutas portugueses e originada do molde PT (Physiotherapeutic) dos norte-americanos ao invés de usar o título Dr; infelizmente é uma opção pessoal usar o pleonasmo Ft. e ainda abaixo carimbar fisioterapeuta. Em Portugal, Doutor, por extenso, refere-se àquele que possui o doutorado e Dr., abreviado, aos demais. Desta forma, pelo tamanho do doutor que precede o nome pode deduzir-se a importância do seu portador.
Alguém já viu algum médico usar Mc. ou um veterinário usar Vr. ou ainda um advogado usar Ad.? Claro que não. FT não é reconhecido pelo CREFFITO e muito menos pelo COFFITO. O Conselho nos garante o principio da isonomia, ou seja, a igualdade entre as profissões da saúde, onde cada membro atua na sua respectiva área e desempenha um papel indiscutivelmente importante para a sociedade. Sempre de forma muito respeitosa com todos os membros e nunca se impondo de forma desnecessária com o título de Dr sobre os outros membros ou pacientes.Use o Dr. Sempre que for apresentar-se ao mercado de trabalho ou a pacientes, pois Doutorado é para a população acadêmica e Dr. é para a relação fisioterapeuta-paciente ou mercado de trabalho.Abaixo anexo o argumento legal para o uso do Dr:
O PRESIENTE DO CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL DA 5ª REGIÃO – CREFITO-5, no uso de suas atribuições e competência prevista no inciso II, do art. 44, da Resolução COFFITO-6, tendo em vista o deliberado na Reunião de Diretoria, realizada em 23/10/2000, em consonância com a luta até então desenvolvida pelo Egrégio Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO, e considerando:
1- A não existência do direito positivo brasileiro, consubstanciado na Lei n. 5.540 de 28.01.68, e no Decreto Lei n. 465 de 10.02.65, de preceitos legais disciplinando a concessão do título de Doutor;
2- Baseando-se em que o uso do título de Doutor tem por fundamento procedimento isonômico, sendo, em realidade, a confirmação da autoridade científica profissional perante o paciente;
3- Que o título de Doutor tem por fundamento praxe jurídica do direito consuetudinário, sendo de uso tradicionalmente aceito entre os profissionais de nível superior;
4- Que a praxe jurídica fundamentada nos costumes e tradições brasileiras, tão bem definidas nos dicionários pátrios, assegura a todos diplomados em curso de nível superior, o legítimo direito do uso do título de Doutor;
5- Que a não utilização do título de Doutor leva a sociedade e mais especificamente a clientela do profissional da área a que se destina assistência fisioterapêutica, pressupor uma inadmissível e inconcebível subalternidade, em se tratando de profissional de nível superior;
6- Que deve ser mantida isonomia entre os componentes da Equipe de Saúde e que o título de Doutor é um complemento, um “plus” na afirmação de um legítimo direito conquistado ao nível de aprofundamento em uma prática terapêutica com fundamentação científica;
7- A inexistência, na língua portuguesa e na legislação própria das expressões FT e TO, o que por lógico torna inadmissível a utilização de tais abreviaturas como identificação do profissional da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, respectivamente;
8- Que expressões outras que não Fisioterapia, dificultam e não identificam de forma clara e objetiva o profissional da Fisioterapia;
DECIDE: Recomendar aos Fisioterapeutas que na sua atuação profissional usem o título de Doutor, por se tratar de um direito legítimo e incontestável. Outrossim, decide ainda, não reconhecer as abreviações FT como identificadora do profissional da Fisioterapia.

Sala de sessões, 23 de outubro de 2000.


RERERÊNCIAS
http://www.portalmedico.org.br