Especialista em lesões do esporte e Biomecânica UFRJ - Crefito 35645-F
Trabalho realizado na Alemanha em 2007 no clube Schalke 04
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“A diferença é que cada paciente é estudado e o método é individualizado. Tudo fica bem mais específico e de acordo com o paciente”, explica Ludmila Guaratini, que trabalha na Vita, associação especializada em saúde.
Segundo a profissional, esse serviço “é bem mais aprofundado, que os oferecidos por aí”. “Existe um cuidado enorme com o paciente. Ele tem de responder a diversas questões sobre hábitos alimentares, vícios. Tudo para que o resultado seja satisfatório”, concluiu.
De acordo com Ludmila, esse tipo de fisioterapia existe há 15 anos e tem conquistado cada vez mais mulheres: “A preocupação com a estética vem crescendo a cada ano. Todos querem se livrar de manchas, estrias e gordura localizada. Porém, um fato importante: não existe método milagroso. Esses procedimentos devem ser agregados com uma boa alimentação e exercícios”.
Fonte - MBPress
O estudo avaliou 500 pacientes, num período de seis meses. Nos primeiros três meses, a abordagem do fisioterapeuta aconteceu num período de apenas 12 horas e a média de internação do paciente foi de 10 dias. Nos três meses seguintes, quando o atendimento foi durante as 24 horas, a média de permanência do paciente caiu para 6 dias apenas.
Nas UTIs do Paraná
Os hospitais públicos convivem com a falta de recursos humanos e verbas restritas, no Paraná ainda não se tem fisioterapia 24h nas UTIs, pelo menos não nos hospitais públicos ligados a universidades. No HC (Hospital das Clínicas), em Curitiba, vinculado à UFPR existe a fisioterapia em tempo integral, durante toda a semana, finais de semana e feriados, mas o atendimento é apenas durante o dia.
Regina Senff, fisioterapeuta do HC há 12 anos, afirma que para quem trabalha diretamente com pacientes graves percebe-se notadamente resultados positivos com a realização da fisioterapia duas vezes ao dia. “Imagino que se o serviço for realizado em período integral, nós e os pacientes só temos a ganhar”, ressalta Senff.
A função do fisioterapeuta na UTI tem como objetivo principal reduzir o tempo de permanência do paciente na unidade. No HC-UFPR, em Curitiba, existem várias UTIs, como a geral, pediátrica, neonatal, cardíaca, além dos CTSI (Centros de Terapia Semi-Intensiva) cada centro ou unidade possui uma equipe. Por exemplo, a UTI Geral possui 2 fisioterapeutas um em cada período (manhã e tarde) e conta também com estágios curriculares.
A realidade é de equipes enxutas, de acordo com o fisioterapeuta Rauce Marçal da Silva, chefe do serviço de fisioterapia do HC-UFPR, o número de fisioterapeutas é menor que a demanda de atendimentos, isso faz com que o mesmo profissional seja responsável por mais de um setor de atendimento. “Com esse quadro de pessoal reduzido fica difícil oferecer a fisioterapia por 24h, e a contratação só é feita via concurso público que é um processo demorado”, explica Rauce.
Em Cascavel o cenário é parecido, na UTI para adultos a equipe é composta por quatro fisioterapeutas plantonistas (plantão de 12h – tarde e noite). Há também três profissionais que estão cursando especialização na área, dois deles fazem atendimento durante o dia (manhã e tarde) na UTI adulto e o terceiro fica na UTI neonatal e pediatria no sistema de rodízio. “Conseguimos, dessa forma, cobrir em torno de 18 horas a UTI adulto”, ressalta Érica Fernanda Osaku, Coordenadora da especialização de Fisioterapia em Terapia Intensiva, no Hospital Universitário da Unioeste.
O Custo-benefício
O custo de uma diária na UTI está em torno de R$ 900,00, mas o SUS (Sistema Único de Saúde) paga R$ 341,94, números do HC-UFPR, de Curitiba. Para oferecer o atendimento de fisioterapia em tempo integral (24h por dia) seria preciso triplicar o número de fisioterapeutas das UTIs do HC. Mas esse aumento de pessoal, segundo Rauce, não elevaria os custos na mesma proporção. “Além de não aumentar muito os custos, a diminuição do tempo de permanência é um fator que fala muito a favor da fisioterapia 24h na UTI”, ressalta Rauce.
Como é a fisioterapia na UTI
Nas UTIs predomina a aplicação das técnicas da fisioterapia respiratória em pacientes entubados e no tratamento de patologias respiratórias. É um método preventivo, quando se têm situações de pacientes que temporariamente apresentam-se restritos ao leito, como também uma forma de tratamento das pneumopatias.
Os pacientes internados em terapia intensiva apresentam-se, na maioria das vezes, em situações críticas, inclusive com perda de consciência. O fisioterapeuta intervém nas doenças específicas da causa do internamento e da mesma forma na prevenção das complicações adquiridas nesse período. “A grande importância do trabalho do fisioterapeuta nas UTIs está em abreviar a alta hospitalar, evitando e ou diminuindo as seqüelas”, afirma Pedro Beraldo, presidente do Crefito-8 (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 8ª Região).
O fisioterapeuta que trabalha com o intensivismo vem somar com a equipe multidisciplinar. “A sua presença é importante, pois auxilia na manutenção das vias aéreas, na elaboração e execução dos protocolos de assistência ventilatória,” justifica Erica do HU-Unioeste.
São muitos os benefícios apresentados com a aplicação da fisioterapia como a eliminação das secreções brônquicas, melhora de volumes e capacidades pulmonares, melhora a postura evitando encurtamentos e deformidades, aumenta a resistência e a tolerância à fadiga, prevenindo o descondicionamento físico decorrente do imobilismo, contribui para a prevenção de trombose venosa profunda e embolia pulmonar. “Graças a essas técnicas as pessoas alcançam uma melhora na qualidade de vida”, ressalta Regina do HC-UFPR.
Fonte: Crefito-8
Algumas lideranças médicas tentam, há anos, restringir a autonomia dos profissionais da saúde. O projeto, que ficou conhecido como ATO MÉDICO (PL n. 7703/06 - clique aqui), acaba de ser aprovado na Comissão de Trabalho de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados Federais, dando aos médicos a exclusividade do diagnóstico e da prescrição dos tratamentos.
O projeto aprovado está melhor do que a versão original do Senado, na medida em que foram estabelecidos, também, alguns atos privativos de outras profissões da saúde. Esse projeto ainda será discutido em outras comissões antes de ser votado no Plenário da Câmara e retornar ao Senado.
Desde 2004, o Crefito-SP defende que a população tem o direito ao livre acesso aos profissionais da saúde, sem que tenham de passar necessariamente por uma consulta e prescrição médica. Ao dar aos médicos a prerrogativa exclusiva do diagnóstico nosológico (doenças) e da prescrição terapêutica (tratamento), o PL 7703/06 retrocede ao passado e acaba com a autonomia dos profissionais da saúde. Para atender seus pacientes e clientes, os profissionais da saúde precisariam esperar o encaminhamento de um médico com o diagnóstico da doença e a receita do atendimento que eles deveriam executar.
Em outras palavras, na forma como está, este projeto os transformaria em técnicos dos médicos. O ESTADO não pode admitir que um profissional da saúde socorra a vida, sem ao menos saber quais são os principais sinais e sintomas (diagnóstico da doença) que acometem a vida do paciente. Para preservar os interesses da vida, o ESTADO deve manter a autonomia dos profissionais da saúde, mas cobrar deles um atendimento de qualidade, punindo rigorosamente, civil e criminalmente, a má prática de seus atos privativos.
Como admitir que os médicos façam a prescrição terapêutica em áreas do conhecimento (i.e., Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Enfermagem, Nutrição, Educação Física, Serviço Social, Psicologia, Farmácia, Odontologia, Biomedicina) em que eles nunca tiveram qualquer tipo de treinamento? A maioria dos pacientes (75%) é portadora de doenças crônicas. As principais doenças possuem causas multifatoriais. Cada profissional da saúde é treinado para diagnosticar e tratar aspectos específicos dessas doenças. Assim, o correto seria o ESTADO promover a autonomia desses profissionais, colocando as habilidades e competências de cada um a serviço da vida saudável.
No entanto, o Ministério da Saúde tem apoiado o referido Projeto de Lei sob o argumento de que este é bom para o SUS. Acredito que o objetivo não declarado do Governo é usar os médicos para fazer uma triagem, dificultando e evitando a obrigação da oferta dos serviços dos profissionais da saúde à população. Afinal, a Constituição Federal e outras leis estabelecem que saúde é direito de todos e dever do ESTADO. É exatamente por causa desse direito que a Justiça tem obrigado o Governo Federal a gastar mais de meio bilhão de reais por ano ofertando serviços de saúde para o contribuinte. Essa conta tende a aumentar, à medida que a população descobre que se recorrer ao Ministério Público, pode obrigar o ESTADO a ofertar os serviços de saúde.
Vejamos a realidade da saúde no Brasil apresentada pelo próprio Ministério da Saúde. Em 2008, o Governo Federal realizou 1.034.992.116 consultas, a um custo de R$ 2,5 bilhões (R$ 2,4 reais em média cada). Essas consultas geraram 573.917.793 exames (R$ 6,3 reais em média cada). Foi uma média de 5,4 consultas por brasileiro, a um custo total ao Governo de 5,4 bilhões, apenas em medicamentos. Como explicar que apesar dessa enorme cobertura e de sermos uma população jovem, temos 50 milhões de portadores de doenças crônicas e ainda vivemos uma década a menos do que poderíamos? Os dados do Governo Federal demonstram como funciona e opera a indústria da doença no Brasil.
Na prevenção da doença, representada principalmente pelo Programa de Saúde da Família, o Governo emprega 30 mil equipes (médico, enfermeiro e agente comunitário) a um custo de R$ 2,3 bilhões, em 2008. Em tese, essas equipes atenderiam 90 milhões de habitantes. Por outro lado, o gasto do Governo Federal com o pagamento de atendimentos prestados pelos profissionais da saúde é ínfimo. Apenas para citar um exemplo, um fisioterapeuta e terapeuta ocupacional recebem menos de R$ 6 reais por um atendimento. Portanto, não é a oferta e a remuneração dos profissionais da saúde que oneram os gastos do Governo nessa área.
Por trás do movimento do Ato Médico também estão os principais planos de saúde, os quais possuem representantes no Congresso Nacional, instalados nas principais Comissões que decidem o futuro dos projetos de lei. Esses planos de saúde acreditam que a oferta dos serviços dos profissionais da saúde poderia aumentar seus custos. Mantêm os profissionais da saúde trabalhando em contratos leoninos, sem reajuste há mais de 15 anos. Porém, não percebem que eles também são vítimas dos crescentes custos da indústria do diagnóstico e farmacêutica.
Acredito que a maioria absoluta dos médicos não concorda com o movimento corporativista e míope de parte de suas lideranças que tentam subjugar os profissionais da saúde. Os médicos sempre fizeram diagnóstico médico e prescrição médica muito bem. Foi graças ao exercício talentoso dessas habilidades e competências que eles lograram o respeito e admiração de todos, inclusive dos demais profissionais da saúde.
Para fazermos a virada na saúde, precisamos da união de todos os profissionais da saúde com a população. Essa mudança passa pela eleição de presidente, governadores, senadores e deputados federais em 2010 comprometidos com os interesses da vida saudável da população. Com um Congresso forte e vigilante dos interesses da sociedade poderemos impedir que projetos de lei, como o PL 7703/06, que fazem mal à saúde da população e aos interesses dos profissionais da saúde se transformem em leis.
Com um poder Executivo sensível aos interesses da saúde dos brasileiros, poderemos implementar uma revolução na administração pública, colocando os impostos do contribuinte a serviço da vida.
Prof. Dr. Gil Lúcio Almeida
Presidente do Crefito-SP